Podcast que pretende acolher desassossegadas, ecléticas e curiosas vozes do concelho da Figueira da Foz.

A FIGUEIRA DA FOZ FOI ELEVADA À CATEGORIA DE CIDADE

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Organização editorial e cronológica:

Figueira da Voz

12 de Março de 1771
Figueira da Foz elevada à categoria de vila
A Figueira da Foz resulta da junção de vários lugarejos que no século XVIII deram origem a uma só povoação, a qual, por decreto de 12 de Março de 1771, foi elevada à categoria de vila com o nome de "Figueira da Foz do Mondego".
12 de Março de 1771

Entre 1870 e 1890 a Figueira da Foz desenvolveu-se intensamente. O comércio de exportação de vinhos para o Brasil e para França, de sal para a Terra Nova, de madeira para o Sul de Espanha e de laranja para Inglaterra permitiu a acumulação de capitais.
O fluxo turístico aumentava e muitos investimentos foram feitos na área da hotelaria e dos espetáculos. A Figueira da Foz desenvolveu-se como nunca!
Assistiu-se a um forte desenvolvimento, com fortes reflexos urbanísticos, realçando-se as indústrias do vidro, cerâmica e mineira, as obras de requalificação portuária.

1858
Construção do Farol Velho
1858
1869
construção do Bairro Novo de Santa Catarina
1869
1872
instalação da fábrica de vidro do Cabo Mondego
1872
1874
inauguração do Teatro Príncipe D. Carlos
1874
1875
inauguração do AMERICANO
1875
1875
construção da estrada para Leiria
1875
1878
fundação da metalúrgica Mota de Quadros
1878
1882
fundação dos Bombeiros Voluntários
1882
1882
chegada do comboio à Figueira da Foz
1882
20 de Setembro de 1882
Figueira da Foz Elevada à categoria de cidade
Ascendeu à categoria de cidade, "atendendo a ser aquela uma das mais importantes vilas do reino pela sua população e riqueza".
20 de Setembro de 1882

“Attendendo a que a Villa da Figueira da Foz, no districto de Coimbra, é actualmente uma das mais importantes do reino pela sua população e riqueza; e desejando por ocasião da minha recente visita áquella villa, dar aos habitantes d’ella um solemne testemunho de apreço pelos honrados exforços que teem empregado para o seu progressivo desenvolvimento: hei por bem fazer mercê á dicta villa da Figueira da Foz de a elevar á categoria de cidade com a denominação de Cidade da Figueira da Foz; e me apraz que n’esta qualidade gose de todas as prerrogativas, liberdades e franquias que directamente lhe pertencerem, devendo expedirse á respectiva camara Municipal a competente carta, em dois exemplares, uma para titulo d’aquella corpoeação e outra para ser depositada no real Archivo da Torre do Tombo. O ministro e secretario d’estado dos negócios do reino assim otenha entendido e faça executar. Paço, em 20 de setembro de 1882”

A Figueira tinha então pouco mais de 5 mil habitantes (em 1878 a Figueira tinha 1080 fogos e 5676 habitantes e Buarcos 800 fogos e 3182 habitantes). Aos olhos de hoje uma pequena cidade, como bem mostram as fotos da época.

Quatro meses depois, em Janeiro de 1883, na revista O Ocidente escrevia-se:

“A Figueira é das povoações de Portugal que nos últimos tempos mais se tem desenvolvido (…). Ainda nos princípios deste século passado era apenas uma aldeia com 300 habitantes e pouco mais desenvolvimento tinha, quando em 1771 El-Rei D. José a elevou à categoria de vila. (…) Hoje, a Figueira é uma cidade que está crescendo a olhos vistos, organizando companhias edificadoras que têm aumentado consideravelmente o número de edificações, ascendendo já a não menos de 1600 fogos, com cerca de 6000 habitantes. Possui edifícios notáveis, incluindo um magnífico teatro e seu porto está defendido por uma doca de construção recente (…). O seu aspecto é alegre e festivo e de um delicioso pitoresco, a par do seu belo clima. Este conjunto de atractivos, chama um grande número de banhistas, na estação própria, às suas magníficas praias.
O seu comércio é importante, para o que lhe basta ter um magnífico porto de mar por onde se exporta grande quantidade de sal, azeite, vinhos e cereais, etc.
Agora o caminho-de-ferro da Beira Alta vai dar-lhe mais elementos de vida e desenvolvimento assegurando um futuro próspero a esta boa terra.”

1884
inauguração do Teatro-Circo Saraiva de Carvalho
A maior sala de espetáculos do país
1884
1885
formação da primeira empresa armadora
1885
1886
adjudicação do abastecimento de água
1886
1888
chegada da linha férrea do Oeste
1888
1888
criação da Aula de Desenho Industrial
1888
1889
Criação da Escola Industrial
1889
1891
fundação das Oficinas do Mondego
1891
1891
construção do Jardim Municipal
1891
1892
construção do Mercado Municipal
1892
1893
constituição da Associação Naval 1.º de Maio
1893
1894
inauguração do Museu
1894
1895
fundação do Ginásio Figueirense
1895
1897
construção dos Paços do Concelho
1897