D. Manuel tinha então 17 anos de idade e era estudante da Escola Naval. Saiu de Leiria pelas 5 horas da madrugada, montado a cavalo, homenageando a Figueira com a sua presença, em representação de seu pai, o Rei D. Carlos I. Um dia de grande felicidade para os Figueirenses, e para o Infante D. Manuel, mas, 6 meses depois, aconteceria uma grande tragédia. A tragédia ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1908, quando o seu pai D. Carlos I e o seu irmão D. Luís Filipe foram assassinados no Terreiro do Paço e D. Manuel ficou ferido num braço. De imediato, D. Manuel foi aclamado Rei de Portugal, na Assembleia de Cortes de 6 de maio de 1908, mas o seu reinado foi curto, porque foi deposto a 5 de outubro de 1910, aquando da implantação da República.
À época, a Ponte da Figueira da Foz era uma obra de grande dimensão, assentando em 16 pilares de alvenaria e cantaria e projetada no gabinete de Eiffel. Uma ponte imponente, para a sua época, não fosse o seu “pai” o Eng.º Gustavo Eiffel, o mesmo que construiu 25 pontes em Portugal, a Torre Eiffel em Paris e a Estátua da Liberdade em Nova Iorque, e que, curiosamente, tinha vivido em Barcelos, de 1875 a 1877, aquando da construção da ponte D. Maria, no Porto, também de sua autoria.
A ponte férrea da Figueira da Foz ligou as duas margens do Mondego durante 75 anos, do restaurante O Covil do Caçador ao Posto da Brigada de Trânsito.
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