Podcast que pretende acolher desassossegadas, ecléticas e curiosas vozes do concelho da Figueira da Foz.

A VISITA DO INFANTE D. MANUEL À FIGUEIRA DA FOZ E A INAUGURAÇÃO DA SUA PRIMEIRA PONTE

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Organização editorial e cronológica:

Figueira da Voz

Finais de 1906
A ponte férrea da Figueira da Foz estava praticamente concluída
A ponte férrea da Figueira da Foz estava praticamente concluída, mas não abria ao público, nem interessava a alguns que abrisse, pois os negócios da travessia do rio por barco iriam enfraquecer.
Finais de 1906
14 de Dezembro de 1906
A ponte foi aberta aos peões
14 de Dezembro de 1906
22 de Dezembro de 1906
Autorização superior para trânsito de veículos
Veio a autorização superior “para também poderem transitar pelas pontes sobre o Mondego veículos de qualquer espécie”.
22 de Dezembro de 1906
23 de Dezembro de 1906
Estabelecida uma carreira extraordinária para Lavos
A empresa de Viação Rippert “estabeleceu uma carreira extraordinária para Lavos” e o conhecido Alquilador Achadiço pôs um carro a circular para sul, a partir da Praça Nova.
23 de Dezembro de 1906
1907
A Ponte Velha foi inaugurada
1907
29 de Agosto de 1907
O infante D. Manuel chegou à Figueira da Foz
O infante D. Manuel chegou à Figueira da Foz , eram 10 horas da manhã. A sua comitiva veio a cavalo, partindo de Sintra, passando por Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria. Saiu de Leiria pelas 5 horas e entrou na nova ponte sobre o Mondego, recentemente inaugurada, sendo o número dois da comitiva o Visconde de Asseca.
29 de Agosto de 1907
9 de Setembro de 1907
Visita de D. Manuel publicada na revista Ilustração Portuguesa
Na revista Ilustração Portuguesa foi publicada a visita do infante D. Manuel. Na primeira foto, o infante atravessa a nova ponte sobre o Mondego, na segunda foto mostra-se a chegada à Figueira da Foz, na terceira foto a Real Filarmónica Dez de Agosto saúda o Infante à porta do Hotel Lisbonense e, na quarta foto, D. Manuel cumprimenta o administrador do concelho. O Presidente da Câmara era o Dr. Joaquim Cerqueira da Rocha, médico, maçon, com mandato de 1907 a 1910 e deputado à Assembleia Nacional Constituinte em 1911.
9 de Setembro de 1907

D. Manuel tinha então 17 anos de idade e era estudante da Escola Naval. Saiu de Leiria pelas 5 horas da madrugada, montado a cavalo, homenageando a Figueira com a sua presença, em representação de seu pai, o Rei D. Carlos I. Um dia de grande felicidade para os Figueirenses, e para o Infante D. Manuel, mas, 6 meses depois, aconteceria uma grande tragédia. A tragédia ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1908, quando o seu pai D. Carlos I e o seu irmão D. Luís Filipe foram assassinados no Terreiro do Paço e D. Manuel ficou ferido num braço. De imediato, D. Manuel foi aclamado Rei de Portugal, na Assembleia de Cortes de 6 de maio de 1908, mas o seu reinado foi curto, porque foi deposto a 5 de outubro de 1910, aquando da implantação da República.

20 de Agosto de 1933
(evento desconhecido)
20 de Agosto de 1933

À época, a Ponte da Figueira da Foz era uma obra de grande dimensão, assentando em 16 pilares de alvenaria e cantaria e projetada no gabinete de Eiffel. Uma ponte imponente, para a sua época, não fosse o seu “pai” o Eng.º Gustavo Eiffel, o mesmo que construiu 25 pontes em Portugal, a Torre Eiffel em Paris e a Estátua da Liberdade em Nova Iorque, e que, curiosamente, tinha vivido em Barcelos, de 1875 a 1877, aquando da construção da ponte D. Maria, no Porto, também de sua autoria.

A ponte férrea da Figueira da Foz ligou as duas margens do Mondego durante 75 anos, do restaurante O Covil do Caçador ao Posto da Brigada de Trânsito.

1982-1983
A ponte foi demolida
Foi demolida após a inauguração da Ponte Eng.º Edgar Cardoso (no dia 12 de março), quando a Figueira da Foz comemorava os 211 anos de elevação a vila (12 de março de 1771) e os 100 anos de elevação a cidade (28 de setembro de 1882).
1982-1983