Podcast que pretende acolher desassossegadas, ecléticas e curiosas vozes do concelho da Figueira da Foz.

Figueira da Voz

Luto

Teatro de uma pintura abstrata humanosocioecoambiental!

Hugo

Ainda estou a processar

Ainda estou a processar…

Ainda estou a processar.

a música que me fazia perder a poesia das imagens

a verdade da idosa

a sensação de que era um exercício e não algo pronto a comer

alguma sensação de perigo (o fogo)

falar de coisas que doem sem alimentar a dor (guardar sempre alguma centelha de alegria e leveza do nonsense)

Mónica

Eh pah, vocês são super profundos… Eu ainda estou a processar.


E o Dino? O Dino representa a extinção, né?


Cada uma daquelas pessoas viveu e sentiu aquela tragédia à sua maneira e vão demonstrando isso. Um deles parece-me que pirou da cabeça (que dia é hoje? que dia é hoje?), embora por largos momentos todos eles parecem doidos. Não apanhei muitas das mensagens, precisava de ver isto mais 3 vezes. O cenário estava demais. Agrada-me sair dali e a peça não morrer naquele momento e sair de vez da memória. Teima em ficar. Como o luto.

Pedro

A peça “luto” abriu a mão a vários temas, delicados e bastante importantes presentes na nossa sociedade, de uma maneira diferente e pouco convencional, depois de assistir esta peça, não saímos os mesmos, saímos a pensar e a reflectir o que realmente aconteceu naquele curto período de tempo.

Afonso XVI

Já processei

Ora bem … Eu gostei da peça, por ser um texto complexo, que nos deixa a pensar (como é o meu caso). Apresenta-se como um conjunto de peças que temos de juntar e atribuir-lhe um sentido, que pode ser muito subjetivo. No entanto, confesso que senti falta de um “fio condutor”, e acabei por não perceber se era uma peça sobre a existência humana, a morte e o luto, a proteção do planeta; ou se era sobre tudo isso e mais qualquer coisa (a nossa interpretação pessoal).

Vera

Mais questões, é ligar ao meu agente, porque ele é que trata da minha agenda


Sendo dois temas que me estão tão próximos – o fogo e o luto – num passado recente, ao longo da peça senti um enorme reboliço interior.

Raquel

Processe-se.

da mesma voz

Do mar-chão ao mar-festivo (5)

Os intelectuais, que são conotados sempre com atitudes futuristas, não têm lugar na Figueira da Foz. Não existem poetas, escritores, articulistas de têmpera e verve, músicos ou actores de craveira; a intelectualidade figueirense exilou-se e buscou outras paragens porque, na verdade, não existe ambiente intelectual. A última realização cultural de porte que aqui se fez importava os seus protagonistas e nunca conseguiu seduzir verdadeiramente o figueirense, mesmo aqueles que tinham pretensos interesses intelectuais

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Do mar-chão ao mar-festivo (4)

A partir de uma dada altura a praia vai-se perdendo; metaforicamente, mas não só, o mar afasta-se. A construção do molhe norte, tão desejada pelos figueirenses, aniquila o mar como recurso estival. Em seu lugar instala-se um areal distante que confere luz própria à urbe, mas que põe o mar longe. Este areal, liso, branco e vazio, é a imagem da alma figueirense, despovoada dos encantos marinhos e do que lhe estava tão proximamente associado.

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Do mar-chão ao mar-festivo (3)

A cidade monta um cenário para um espectáculo que decorre durante um certo período e, no final, desmonta-o. O palco esvazia-se, o público debanda, ficam os restos da festa.

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Do mar-chão ao mar-festivo (2)

A Figueira da Foz é sinónimo de praia. Ainda hoje. Não porque seja uma referência dos nossos dias como estância balnear, mas porque a praia foi a melhor e a mais forte das suas imagens de marca. Não interessa aduzir aqui das razões que levaram à decadência da Figueira e Buarcos como destino de férias de Verão, mas atentar na importância que teve o nascimento e o apogeu da praia na conformação do carácter das gentes.

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Do mar-chão ao mar-festivo (1)

Santiago Prezado, no poema O Mar nos meus ouvidos, narra ao leitor como a toada “constante e plangente” do oceano o acompanhou “pelo mundo fora e vida fora”; dizem os versos, sentidos e marcantes deste figueirense, que essa canção, ouvida desde menino, lhe ficou “gravada na emoção mais funda” do seu fundo sentir, “como se o mar bramisse” dentro de si.

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Dance me to the end of love

Se formos ver videoclips de músicas sobre este tipo de amores… as caixas de comentários são absolutamente extraordinárias. É uma maravilha! Um dia, as pessoas que nos estão a ouvir, que estejam em baixo ou descrentes na natureza humana e descrentes no amor, vão às caixas de comentários do “Dance me to the end of love”, do Leonard Cohen, por exemplo. E deliciem-se. Porque as confissões que as pessoas fazem lá e o que mostram da sua vida em casal é fabuloso.

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